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Comunicação em Saúde tem a ver com o momento Político?

Líderes do Programa Comunicação Difícil em Saúde reforçam a importância da empatia em momentos de intolerância

Com os conflitos em saúde e familiares em sofrimento, podemos aprender, sobreviver e transcender até mesmo num momento tão complexo como o período eleitoral.

Não é rara a cena de conflito dentro dos ambientes de saúde. Ela vem em diferentes formatos e compõe a rotina dos profissionais e familiares de pacientes que convivem com doenças graves. Estes diferentes formatos podem variar de uma simples discordância até uma grave ofensa, passando por diferentes graus de agressividade.

A empatia parte do princípio da experiência do outro, como sua verdade construída, sem julgamento e norteia o acolhimento responsável e as melhores condutas para cada caso.

Em nossa vida, no geral é muito mais fácil ter empatia com sentimento de alegria. Em seguida encontramos a tristeza e o medo, que já exigem um pouco mais de entrega. Mas como sempre reforçamos em todos os nossos cursos, o mais difícil é a empatia com a raiva e intolerância alheias.

Não adianta um profissional ser ótimo em acolher a tristeza e não saber lidar com as opiniões contrárias. Muitas queixas de familiares são carregadas de grandes verdades, porém acabam chegando para o profissional com uma “embalagem” que ele não queria, por exemplo uma ofensa.

Por isso devemos entender que o motivo dos conflitos quase nunca se encontra no objeto racional em discussão e sim depositado em uma lógica emocional.

Significa dizer que ninguém ofende sem estar em sofrimento. Sentimentos explosivos são comuns e exigem atenção especial para quem busca resolver o conflito, seguem algumas dicas para os nossos comunicadores em tempos de cólera:

  1. Uma pessoa que acredita ter 100% de razão já encerrou a discussão ali. Não insista;

  2. Durante reações explosivas, mantenha silêncio e escuta e sem julgamentos. Evite interromper e tocar alguém durante um surto de raiva;

  3. Imagine sempre que aquela pessoa está sofrendo e precisando expressar seu sofrimento, o ato de escutar prestando atenção aos argumentos dela sem uma visão crítica ou terapêutica;

  4. No momento de argumentar, lembre-se de que ao convencer alguém de que ela está errada você não resolveu o conflito, pelo contrário, poderá criar uma rivalidade permanente ou um inimigo;

  5. Ao se sentir ameaçado fisicamente ou moralmente, retire-se e procure a presença de outras pessoas;

  6. Jamais discuta política com seu paciente ou familiares, mesmo se eles entrarem no assunto, ouça e siga com sua obrigação profissional;

  7. Evite ofender as pessoas que votam em candidatos que você não elegeria. Lembre-se de que, nos identificamos com este ou aquele candidato. O importante é não misturarmos a pessoa com o candidato que ela defende.

  8. Numa sociedade em que a mídia e a sociedade civil espalham ódio e intolerância, sinta-se desafiado a fazer a diferença, vote e influencie as pessoas com delicadeza. É uma atitude que edifica e educa, afinal a vida segue soberana após as eleições.

Por último, sabemos que é normal vir aquela vontade de revidar... Mas a gente já sabia que ser empático não é fácil. Vamos todos torcer para uma eleição tranquila e com embates de ideias inteligentes!

Douglas Crispim- Médico Paliativista, Fundador e Líder do Curso CDS

Walmir Cedotti – Consultor Desenvolvimento Humano, Facilitador do Curso CDS

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