CDS em Salvador proporciona troca de experiências e vivências únicas

“O CDS permitiu enxergarmos ao outro, sem que nos esqueçamos de nos enxergar dentro do processo, com um olhar humano e fraterno para uma assistência de saúde com qualidade”, disse a assistente social, Maria do Socorro Albuquerque de Miranda

No último final de semana, a equipe do Instituto Brasileiro de Comunicação em Saúde desembarcou em Salvador para realizar a terceira edição do CDS, curso Comunicação Difícil em Saúde que já percorreu o Brasil de sul a norte, com a proposta de humanizar e resgatar empatia entre os profissionais da saúde. A terceira edição do curso na capital baiana foi realizada na base central do SAMU.

“O paciente que você se comunica hoje, não é o mesmo paciente que os profissionais de saúde se comunicavam no passado. A corrida tecnológica e suas interações virtuais que ajudam nos tratamentos e diagnósticos mais completos, colocam o diferencial humano como patamar de qualidade e a empatia como habilidade dos profissionais de saúde do futuro”, disse o líder do IBCS e autor do método CDS, Douglas Henrique Crispim.

Com a metodologia aplicada pela equipe IBCS no CDS, os profissionais de saúde ‘reaprendem’ a conversar com seus pacientes e familiares. Para a assistente social, Maria do Socorro Albuquerque de Miranda, “a edição do CDS proporcionou um aprendizado enorme. Neste ambiente foi possível compartilhar vivências e principalmente, o CDS permitiu enxergarmos ao outro, sem que nos esqueçamos de nos enxergar dentro do processo, com um olhar humano e fraterno para uma assistência de saúde com qualidade”, disse a participante.

“Todas as pessoas que entram nesse ambiente, mergulham no seu interior e através da simulação realística, o profissional de saúde é colocado em contato não somente com o outro, mas consigo mesmo”, considera Walmir Cedotti, coordenador de desenvolvimento humano do IBCS.

Pela metodologia desenvolvida por Crispim, já passaram quase dois mil profissionais de saúde do país. Cada edição do CDS permite aos participantes e a equipe IBCS, aprendizados e principalmente extrair o que há de melhor em cada um. “Quanto mais nos comunicamos, mais nos aprofundamos no outro. Isso é humanizar, é disso que precisamos”, disse o médico.

Ainda na edição baiana, o médico geriatra, Dr. José Roberto, recomenda o curso, especialmente aos médicos. “O curso é transformador, para profissionais de saúde proporciona mudanças pessoais e profissionais que são perceptíveis aos pacientes e seus familiares. Só podemos agradecer a equipe IBCS”, concluiu o geriatra.

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