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  • Graziela Fernandes Todesco

Profissionais com disposição para melhorar, são o futuro da saúde, disse o líder do IBCS durante a p


Curso Comunicação Difícil em Saúde com simulação realística com atores foi realizado dias 26 e 27 de maio em BH com apoio da SOTAMIG (Sociedade de Tanatologia e Cuidados Paliativos de Minas Gerais)

A empatia é a habilidade do médico do futuro. As interações virtuais e outras tecnologias estão em evidência e ajudam nos tratamentos e diagnósticos mais complexos, mas é o olhar humano que será um diferencial para o profissional médico.

A empatia propriamente dita não está na grade curricular da maioria dos cursos de medicina do país, mas precisa ser despertada e poderia ser estimulada nas práticas acadêmicas. São poucas instituições de ensino superior que investem em projetos ou disciplinas em suas grades da graduação que proponham a atuação do médico com empatia e compaixão por seus pacientes.

O médico e professor de comunicação para residentes do HC/USP, Dr. Douglas Henrique Crispim, revela que, especialmente os jovens médicos brasileiros não estão preparados para tentar ‘sentir’ a dor do outro. “A quantidade absurda de faculdades novas, com milhares de novos profissionais formados para atenderem a estes pacientes que já estão aguardando com suas dores físicas e emocionais, nos permite pensar: será que estes jovens estão prontos para uma conversa difícil? A resposta é: não estão”.

Crispim relata que a preocupação com a forma de comunicação com o paciente, seja, com o tratamento dispendido numa consulta de rotina, ou num atendimento emergencial, tem motivado profissionais de saúde a buscar re-aprender a falar com o paciente. “É necessário que cada profissional, médico ou não, sinta pela perspectiva da outra pessoa, tente entender sem julgar e intervir para resgatar o sentido da vida e dos atos daquela pessoa, somente assim voltaremos a ter o verdadeiro sentido de cuidar”, disse ele.

O professor do HC/USP desenvolveu uma metodologia que permite aos profissionais de saúde ‘reaprenderem’ a conversar com seus pacientes e familiares. “A proposta é criar protocolos eficazes e humanos de comunicação. Quem não consegue não se comunica bem consigo mesma é incapaz de se conectar com outros e a comunicação vai muito além da esfera racional, queremos pessoas cuidando de pessoas e por isso investir no ‘despertar da empatia’ desses profissionais pode humanizar a medicina”, ressalta Crispim

Desta vez, os profissionais de saúde de Belo Horizonte, tiveram a oportunidade de participar da edição do curso Comunicação Difícil em Saúde, no Hospital Risoleta Tolentino Neves. Dois dias de treinamento (26 e 27 de maio) com metodologia desenvolvida pelo médico e professor do HC/USP, os profissionais de saúde são submetidos a uma simulação realística com atores que representam pacientes e familiares em situações de doença grave, incurável ou ameaçadora a vida.

Além disso, o curso integra técnicas de indução não hipnótica, intervenções cênicas, teatro, dinâmicas de grupo e música. Os alunos passam dois dias em atividade e ao final aprendem os princípios e técnicas da comunicação em saúde que permitem verdadeiramente pessoas atendendo pessoas, com mais leveza e compaixão.

Pela metodologia desenvolvida por Crispim, já passaram mais de mil profissionais de saúde do país. “A empatia contribuirá para evolução profissional e pessoal de cada um desses profissionais. A cada curso aperfeiçoamos o método, incrementamos e aprendemos mais, porque experiências compartilhadas nos permitem a isso. Conseguimos despertar a empatia, extrair o que há de melhor do ser humano, antes de ser médico. Ele consegue visualizar o outro com olhar antes de tudo, humano, menos denso, mais conectado ao outro”, disse o médico.

Para ele, não resta dúvidas de que em um cenário conflitante por si, como é o da saúde brasileira, que reúne pacientes muitas vezes com diagnósticos difíceis de serem comunicados, muitos desses pacientes podem sequer ter um leito de hospital disponível em caso do agravamento de sua doença, o profissional de saúde deve buscar excelência humana, “a empatia é a essência para essa conquista, você pratica, você conecta com o outro. Isso não é fácil, mas perfeitamente possível”, conclui Crispim.

Em BH, o curso contou com a parceria da SOTAMIG (Sociedade de Tanatologia e Cuidados Paliativos de Minas Gerais), para a presidente da entidade, Dra. Ananda Gomes, “com a expansão do movimento dos cuidados paliativos não só em Minas Gerais, mas em todo o Brasil, temos a necessidade de aprimorar as habilidades e a parceria com o IBCS possibilitará isso. Cursos de alto nível, como o CDS que foi realizado brilhantemente em Belo Horizonte e que contou com profissionais altamente capacitados e de renome no país para nossos associados, estimulando a educação continuada na área”, disse Ananda.

Você é uma instituição? Consulte nossos cursos institucionais. Você é profissional de saúde e ainda não foi treinado e certificado pelo CDS? Consulte nossa agenda e venha para o próximo degrau! Acesse https://www.ibcsinc.org/

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